(NOTÍCIAS): 30 anos da 500E - produção conjunta com a Porsche!

A simples menção do nome deste modelo já é suficiente para iluminar os olhos de muitas pessoas. Isso ocorre porque o sedã da série do modelo 124 de alto desempenho produzido em conjunto com a Porsche ainda ofusca todos os outros membros desta geração de sedãs de médio porte da Mercedes-Benz.

Em mais de dois milhões de carros produzidos na série do modelo 124, a 500 E representa apenas o número relativamente pequeno de 10.479 unidades (incluindo a E 500 e a E 60 AMG).

Este sedã figurou entre os carros esportivos mais rápidos quando foi apresentado no Salão Internacional do Automóvel de Paris em 1990.

O motor de cinco litros com oito cilindros entrega 326 cavalos, um valor que, atualmente, não assusta um compacto familiar esportivo, mas que há 30 anos levava a 500E além dos 250 km/h, não fosse o limitador. E a parte mais curiosa é que, exteriormente, a 500E é um automóvel relativamente discreto quando comparado com os seus irmãos, um ponto a favor dos condutores que queriam ser rápidos, passando despercebidos.

Na carroceria destacavam-se, principalmente, os para-lamas mais pronunciados para protegerem os pneus 225/55 R16 e o spoiler dianteiro específico. A suspensão rebaixada colocou, também, a 500E cerca de 23 milímetros mais perto do solo, beneficiando a dinâmica. Equipada de série com caixa automática, a 500E atingia os 100 km/h em 5,9 segundos, um valor que ainda hoje impressiona.

Outros detalhes incluem a presença – em 1990, recordamos – do controle de tração, eletrônica que ajudava a colocar a potência no chão, especialmente útil em condições de fraca aderência. Também a bateria foi colocada na traseira de forma a beneficiar a distribuição de peso. O aparecimento de um modelo como a 500E só foi possível porque desde a fase inicial do projeto W124, no início da década de 1980, os engenheiros da Mercedes-Benz tiveram em conta a possibilidade de se instalar um motor de grande cilindrada, de gamas superiores, algo que tinha já sido feito pela marca de Stuttgart na W109 sob a forma da igualmente mítica 300 SEL com motor 6.3 litros proveniente da limousine 600.

No entanto, foram várias as alterações necessárias na seção dianteira, como por exemplo a circulação do ar de refrigeração. Assim, no final de 1987 e de forma a compensar o tempo necessário e que estava a ser investido na R129 e na nova Classe S, W140, a Mercedes-Benz decidiu fazer um contrato com a Porsche para o desenvolvimento dos trabalhos necessários para colocar o motor V8 na carroceria da W124. Este motor V8, equipado com dois turbos, viria também a equipar o Sauber-Mercedes C9, campeão mundial em 1989 e igualmente vencedor das 24 Horas de Le Mans desse mesmo ano. A Porsche foi também a responsável pela produção da 500E. Nas versões finais, a partir de junho de 1993, já designadas por E 60 AMG, o motor M119 cresceu para seis litros e passou a debitar 381 cavalos. A sua produção cessou em 1995, juntamente com a da carroceria W124.

Fontes:

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